quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

“Minha história de leitura” dos integrantes da UNABEM

Eu, professor Danilo Vizibeli, que desenvolvo o projeto-disciplina “Experiências em Comunicação” na UNABEM, estou terminando meu curso de Mestrado em Linguística na UNIFRAN. Minha pesquisa foi direcionada às práticas de leitura e escrita de adolescentes no espaço virtual. Com o intuito de continuar pesquisando a temática, desenvolvi com os alunos da UNABEM uma aula aula sobre Leitura e Escrita. Cada um dos integrantes nos contou sua história de leitura que marcam a identidade de cada um. Confiram! É muito bom ver e refletir o que leem o pessoal da terceira idade.
 
Maria Jesuína Faria Pereira: “Gosto muito de ler. O primeiro livro que li se chama “Majupira”. No momento estou lendo “Ágape”, do Padre Marcelo Rossi e “Memoriando”, do nosso colega Sebastião Wenceslau Borges. Entre os autores que mais aprecio estão Machado de Assis e Castro Alves (poesia). Também tenho o costume de ler revistas. Leio muito. O próximo livro que pretendo ler chama-se “Carmem”. A minha história de leitura é marcada pelo contato com os livros através da minha família. Minha família tinha o costume de ler muito. Papai e mamãe incentivava. Escrever foi consequência. Primeiros livros: A Moreninha, Cinco Minutos. Bibliotecas de escolas”.
 



Marisa Batista: “Sim, tenho o costume de ler. O primeiro livro que me recordo de ter lido é ‘Inocência’, de Visconde de Taunay. Atualmente estou lendo ‘Nietzsche para estressados’, que é um livro muito criativo. Gosto muito de Adélia Prado, Cora Coralina, Marta Medeiros. Um livro de cabeceira é ‘A Bíblia’ que não pode faltar. Quero ler um Catador de conchas, Um amor para recordar, Médico de homens e de almas. Desde que fui alfabetizada tomei gosto pela leitura. Li várias coleções infantis. Depois todos os indicados por professores na escola e por colegas que me emprestavam umas para outras. Como professora li quase todos da Editora Ática para indicar para meus alunos. Na faculdade, os indicados pelos professores do curso de Letras. Hoje leio tudo que me cai às mãos e os que compro”.
Maria das Graças Aparecida Ribeiro: Gosto muito de ler e os primeiros livros que li foram aqueles de histórias infantis. Estou lendo ‘A vida feliz’ e ‘Jesus e Madalena’. Gosto de Sidnei Sheldon, Paulo Coelho, Ágata Christie. Os livros que mais me marcaram foram? O Caçador de Pipas, Anel de noivado (Daniel Sttil), O menino do pijama listrado. Quero ler ‘Cinquenta tons de cinza’. Comecei a ler, vendo gravuras dos livros e aí me interessei. Hoje leio quase tudo que me aparece na frente, amo ler”.
Nara Salgado Maia: “Não gosto de ler, não tenho paciência de esperar pelo fim da história. Mas lembro-me de ‘O pequeno príncipe’. Autores interessantes para mim são Fernando Pessoa e Jorge Amado. Outro autor que me agrada muito é Dalai Lama com seus pensamentos”.
 
Maria Tércia da Silveira: “Gosto de ler. Li recentemente ‘O Segredo’. Gosto de livros de autoajuda, jornal, revista. Faço muita palavra cruzada etc. Vou citar alguns livros que me marcaram: As mulheres na sociedade – Dr. Galeno, Ágape – Padre Marcelo Rossi, Charles Pereira, Memoriando – Sebastião W. Borges, Médico de homens e de almas”.
Sebastião W. Borges: “Estou lendo Chapadão do Bugre, que ganhei do meu filho. Alguns livros que me marcaram: O velho que acordou menino – Rubem Alves; O Caçador de Pipas; Dom Casmurro; vários de Paulo Coelho; Rubem Braga; Alexandre Brandão; Antonio Barreto; Alexandre Marino; Chico Anísio. Já estou com vários livros que serão os próximos que vou ler. Sobre a minha atividade como autor, comecei a escrever por incentivo dos filhos e hoje tenho publicado o meu livro ‘Memoriando’. Gosto muito das bibliotecas. Quando viajo visito os famosos sebos”.
Jacyra Pepaiani Campos Lisboa: “Leio as manchetes se o assunto me interessa eu leio. O primeiro livro que me lembro de ter lido foi ‘O pequeno príncipe’. Outros livros que me marcaram foram ‘Ágape’, ‘A vida de Irmã Dulce’, ‘Arroz de Palma’, ‘Sabrina’. Quero ler ‘Médico de homens e de almas’. Leio muito pouco, portanto tenho dificuldade de escrever, no primário eu tinha muita dificuldade de ler porque eu morava com minha madrinha e ela era analfabeta”.
Thereza de Jesus Cruz Hankner: “Gosto muito de ler revistas. Não me lembro do primeiro livro que li. Estou lendo meus livros de orações e o livro ‘Memoriando’, do nosso amigo Sebastião. Quero muito ler ‘A Moreninha’. Fui algumas vezes no Rio de Janeiro, à Biblioteca Nacional, é uma beleza”.
Vanderli Martins Formagio: “Gosto de ler, sim. Um dos primeiros livros que me lembro é ‘Capitães da Areia’, de Jorge Amado. Gosto dos autores Daniele Steel e Sidney Sheldon. Algumas obras que gosto de destacar são ‘O alquimista’; ‘O menino do pijama listrado’; ‘A cabana’; ‘O caçador de pipas’. Infelizmente fui sempre uma aluna muito relaxada. Meus pais são pessoas muito simples e não me incentivaram assim como os primeiros professores. Já frequentei a biblioteca por muitas vezes”.
Maria Inês Vasconcelos: “Gosto de ler, só que ando muito relaxada. Meu autor predileto é Machado de Assis. Obras interessantes: ‘O pequeno príncipe’; ‘Quo vadis’. Já li vários livros de Machado de Assis. No momento não tenho lido nada. Já li muitos livros, hoje não tenho lido nada. Estou muito relaxada”.
 
 
Maria José Suhadolnik de Oliveira: “Gosto e muito, leio mais jornal e revista. Leio esporadicamente. Gosto dos poetas, gosto de poesias, trovas. Já li muitos livros mas no momento não recordo de nenhum. Comecei a ler assim que aprendi. Meu pai comprou as obras de Monteiro Lobato que são famosas até hoje. Não li todas, mas li Minotauro, Emília, Saci Pererê e outros que não sei o nome”.
Elza Kallás Gonçalves: “Gosto de ler muito. O pequeno príncipe é um livro que me marcou muito. Estou lendo Ágape e gosto muito do autor Michel Quoist. Algumas obras que li recentemente: Poemas para rezar; Construir o homem e o mundo; Ágape. Fui alfabetizada pelo método silábico: ave, Eva, Ivo, ovo, uva. Fui muito bem alfabetizada por isso gosto muito de ler. Biblioteca, só frequentei as de escolas: Wenceslau, CIC”.
Irayde Neves Cardoso: “Gosto muito de ler. Não me lembro do primeiro livro que li, pois já li muitos. No momento não estou lendo nenhum. Admiro muito o meu irmão Wilson Neves de Oliveira que é escritor. As obras dele são ‘O automóvel’, ‘Escravo e Senhor’. Também li ‘Memoriando’ do Sebastião, nosso colega e ‘Ágape’ do Padre Marcelo. O próximo livro que quero ler é do meu irmão Wilson que conta a história de nossa família. A família Neves de Oliveira. Aprendi a ler com 7 anos. Me lembro bem da Escola Cuba, na Ilha do Governador, no Rio, já frequentei muito as bibliotecas, já morei perto de uma biblioteca”.
Creuza Mattar: “Gosto de livros pequenos, mensagens, poesias. Me marcaram ‘Luzia Homem’,  ‘A cabana’. Estou lendo ‘Ágape’ e gosto de livros de autoajuda. Me marcou muito ‘Luzia Homem’ porque conta a história de uma nordestina que vindo para São Paulo teve que trabalhar de servente de pedreiro, disfarçada de homem. Acho que fiquei na verdade triste porque na verdade isto ainda acontece com os nordestinos até hoje por causa da discriminação”.
Aninha Reis: "Eu gosto de ler. Leio revista da Aparecida, folhetos religiosos”.
Juvenila Carvalho Hipólito de Souza: “Gosto de ler, mas leio pouco. Alguns livros que gostei: Ágape, O Poder do amor – Iara, Memoriando – Sebastião, Reverendo Mum”.
 Aparecida Rosália da Silva Almeida: “Adoro ler, mas tenho cochilado e fico dispersa. Então quando leio, faço um pequeno resumo do que mais gosto. Livros de destaque: Ágape, Mulheres cheias de graça, A Bíblia, O pobre de Nazaré, O silêncio de Maria. Estou lendo Quem me roubou de mim, do Padre Fabio de Mello. Quero ler Agapinho, Sofrimento e Paz, Pai Nosso”.

Literatura e Vida nas aulas de Experiências em Comunicação

Nas últimas aulas do projeto “Experiências em Comunicação”, realizado com a turma A em 2012, da Universidade Aberta para a Maturidade – UNABEM – FESP/UEMG debatemos a Literatura e a relação com a Vida.
 
Falamos também sobre as práticas de Leitura e escrita de cada aluno da sala. Citamos a obra “A menina que roubava livros”, de Marcos Zusak e “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector. Nessa última a personagem principal sonhava com a sua hora da estrela, quando ela seria uma grande atriz de cinema e esta acontece quando ela morre atropelada. Assim perguntamos qual é a minha estrela de cinema? Qual uma música e um compositor do qual eu mais gosto, marcando assim a nossa personalidade e a Nossa Hora da Estrela:
 
 
 
Thereza Hanckner

Estrela: Fernanda Montenegro

Música: Noites Traiçoeiras

 
 
Ana Reis Bueno
Estrela: Meus filhos, netos e bisnetos

Música: Noites Traiçoeiras

 
 

 
 
 
Juvenila Hipólito

Estrela: Elizabete Taylor

Música: Sempre no meu coração

 

 
 
 
 
Maria da Penha Borges

Música: Marvada Pinga

Compositor: Sérgio Reis

 

Nara Salgado Maia

Estrela: Fernanda Montenegro

Música: Romaria

Compositor: Sérgio Reis

 

 
Ana Maria Chicaroni Busti

Estrela: Meus netos

Música: Jesus Cristo

Compositor: Roberto Carlos

 

Irayde Neves Cardoso

Estrela: Shirley Temple

Música: Serenata, de Schubert

Compositor: Schubert

 



 Sylvia Kallas

Estrela: Saudade

Música: Fascinação

 

 
 
 
Ada Maria Esper Piotto

Estrela: Clark Gable

Música: Malaguenha

Compositor: Trio Los Panchos

 

 
 
 
Maria de Lourdes Carvalho Esper

Estrela: Padre Robinson


 

 
 
 
 
 
 
Nilda Esper Kallas

Música: Cura Senhor

 

Cartas para os meios de comunicação


No final de agosto de 2012 após aulas sobre discussões acerca das novelas e os meios de comunicação, a alienação e a importância do resgate de valores, algumas alunas da UNABEM escreveram um carta aberta aos meios de comunicação. Confiram aqui as produções das alunas. Nelas, as alunas destacam os aspectos negativos das novelas e cobram mudanças. Nosso objetivo é endereçar essas cartas aos representantes televisivos mostrando a participação cidadã que não fica calada frente aos descalabros dos meios de comunicação.
 
 
Passos, 27 de agosto de 2012
 
Senhores diretores dos meios de comunicação, diretores de TV, autores de novela,
 
Meu nome é Irayde Neves Cardoso. Sou uma senhora de 83 anos de idade, fã de novelas, vejo novelas desde que começou a TV em 1950 e ultimamente tenho assistido tantas maldades que fico admirada.
Em nome da vingança personagens fazem coisas horríveis que chegam ao exagero.
A TV já mostra as catástrofes naturais que acontecem no Brasil e pelo mundo afora, as mazelas dos políticos no nosso Brasil, exemplos: o famigerado mensalão, crimes hediondos – “mulher esquartejando marido” –, traficante de drogas levando a juventude ao caminho pernicioso das drogas e outras maldades. Isso é real.
Daí, levar para a ficção histórias cheias de maldade não acho certo. Quem sou eu para opinar sobre este assunto, mas me atrevo em nome dos nossos jovens que também gostam de novelas e que não precisam ter lições de um maldade pela TV.
 
Uma espectadora assídua de novelas.
 
Passos, 2012

Prezado autor da Novela Avenida Brasil
 
A comédia do Cadinho e suas três mulheres está sendo um desrespeito à família brasileira.
A família mercê todo o respeito, consideração, cuidados, pois foi criada por Deus.
O ser humano sem família vira bicho. O respeito, a moral, os bons costumes, não podem ser banidos da raça humana. A família é a célula da humanidade. Sem ela não somos nada. O pudor, a dignidade, a moral têm que ser o ar que nos mantêm vivos, sem eles somos simples poeira.
Peço encarecidamente que dê um final bonito, digno, feliz, respeitoso, fraternal, mostrando para o povo brasileiro e aos outros países que assistem esta novela, que a família que segue os mandamentos de Deus é abençoada e feliz.
A família: Jesus, Maria e José, é abençoada pelo Pai, Filho, Espírito Santo, que abençoa também as famílias que vivem os mandamentos que Jesus deixou para a humanidade.
Conto com o seu bom senso de digno brasileiro e o seu critério respeitoso para dar um final com grande honra.
 
Atenciosamente,
 
Juvenila Hipólito
 
PS: A novela toda está dando mau exemplo para a juventude. Que será dos nossos jovens?
 
Passos, 21 de agosto de 2012
 
Srs. Diretores de novelas
 
É incontestável a qualidade técnica e artística da televisão brasileira, sobretudo a Rede Globo, que calcada na grande capacidade de seus recursos humanos, lidera a audiência no país e ultrapassa nossas fronteiras.
            No entanto, sinto que, apesar do fantástico trabalho de autores, diretores, atores, as novelas, na maioria das vezes, estão vazias de valores ou mesmo invertendo os valores que deveriam permear a vida da sociedade.
            Faço parte de uma parcela de telespectadores, terceira idade ou melhor idade, aposentados, que encontram na televisão um agradável passatempo, mas que não gostariam de ver os valores morais serem renegados ao plano mais baixo do ser humano.
            Há quantos meses a maldade e o desrespeito estão no ar em Avenida Brasil?
            Sei que sou livre para acionar o controle e mudar o canal. Se faço isso e muitas vezes faço, estou migrando para canais que perdem em qualidade, beleza, arte.
Entendo que os meios de comunicação existem para informação, entretenimento, esportes e uma gama enorme de benefícios à população, mas entendo que devam cumprir sua missão maior de ser o veículo e formação e educação de um país. O Brasil merece.
 
Obrigada,
 
Maria Jesuína Faria Pereira, aluna da UNABEM – Passos, MG